Queridos
Fiquei realmente admirado de ver o sofrimento de muitos palmeirenses há alguns dias. Vi os comentaristas analisando a queda do Palmeiras para a segunda divisão e as reportagens mostraram alguns rostos sofridos e chorosos.
Impressionante ver tal sofrimento!
Erros foram cometidos pelo presidente, técnico, jogadores e torcida que foram analisados à exaustão.
1 - O presidente aceitou algumas sugestões de compra de jogadores que não corresponderam, contratou um técnico com valores astronômicos e foi omisso na maioria das vezes, quando se exigia uma presença mais marcante e chegou a ir até a Europa num momento crítico.
2 - O técnico contratou muitos jogadores que não resolveram a situação. Não soube conquistar o time, pois foi auto-suficiente e ou autoritário e quando a situação se descontrolou deixou o barco, e não o Barcos, um grande jogador de nacionalidade argentina. Além de que priorizou a Copa do Brasil em vez de ter investido simultaneamente nos dois campeonatos.
3 - Os jogadores não deram tudo o que podiam, exceto dois deles que todos reconhecem que foram o experiente Marcos Assunção e o Barcos. Eles tremeram em algumas situações e precisaram de ser motivados pelo novo técnico contratado e começaram a reagir tarde.
4 - Parte da torcida agiu tempestivamente, descontroladamente e com certa violência, o que prejudicou todo o trabalho ao causar a perda do mando de campo - o que levou o time a viajar muito, chegar desgastado. A torcida não foi fundamental para ajudar o time a virar o placar como uma força extra-campo.
O paralelo com respeito a missões transculturais é:
1 - A maioria dos pastores não tem levado a sério a obra missionária transcultural e quando aparece algum candidato interessado não investe nele para que tenha um treinamento adequado - e investe valores astronômicos para fazer templos suntuosos para se reunirem somente um dia por semana, instrumentos caríssimos e é omisso com os não alcançados. Outra coisa é que devem fazer é agir simultaneamente pensando no local e até aos confins da terra e não priorizar o local em detrimento dos confins.
2 - Muitos líderes de missões são ufanistas e não tem analisado o contexto e vivem do passado com métodos ultrapassados em sua maioria. Muitos se queixam de uma região chamada 10-40 que precisa de pessoas determinadas e comprometidas. Não priorizam a tradução da bíblia e as tribos indígenas brasileiras.
3 - Muitos missionários correm de um lado para outro, não focam um povo e quando encontram dificuldades correm dos desafios. Uma partida de vida e morte precisa de comprometidos como dois dos jogadores palmeirenses, e escolhemos as vidas de William Carey e Hudson Taylor no passado e nos dias atuais temos os exemplos de Ronaldo Lidório e Analzira Nascimento.
4 - Muitos crentes são críticos de missões e tem feito estrago no movimento, pois investem seus esforços e recursos em ministérios onde beneficiam os bolsos dos donos dos ministérios e se fossem comprometidos com o dono do time e com o time poderiam ver o término da tarefa em nossa geração. Muitos missionários passam dificuldades porque não recebem o apoio dos crentes como um todo, pois a média de investimento transcultural é de apenas R$ 1,30 por ano.
O que fazer para que muitos crentes tenham a mesma paixão e compaixão pelos povos não alcançados como os torcedores palmeirenses estão sentindo pelo seu time?
David Botelho
Missão Horizontes - http://www.mhorizontes.org.br/
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